A raposa
Um lenhador acordava às seis horas da manhã,
trabalhava o dia inteiro cortando lenha e só parava tarde da noite.
Tinha um filho,
lindo, de poucos meses e uma raposa,
sua amiga,
tratada como bicho de estimação e de sua total confiança.
Todos os dias, ia trabalhar e deixava a raposa cuidando de seu filho.
Todas as noites, ao retornar do trabalho,
a raposa ficava feliz com sua chegada.
Seus vizinhos, entretanto,
alertavam-no de que a raposa era um bicho,
um animal selvagem e,
portanto,
não era confiável.
Quando sentisse fome,
comeria a criança.
O lenhador respondia aos vizinhos que isso era uma grande bobagem.
A raposa era sua amiga e jamais faria isso.
Os vizinhos insistiam com ele: ?
Abra os olhos, a raposa vai comer seu filho!
Quando sentir fome,
comê-lo-á!
Um dia, o lenhador,
muito exausto do trabalho e já cansado desses comentários,
ao chegar a casa,
viu a raposa sorrindo,
como sempre, mas com a boca ensanguentada!
Suou frio e, sem pensar duas vezes,
acertou o machado na cabeça do animal.
Ao entrar no quarto,
desesperado,
encontrou seu filho no berço,
dormindo tranquilamente.
Ao lado do berço,
havia uma cobra morta!
O lenhador enterrou o machado e a raposa juntos.
Se confia em alguém, não importa o que os outros pensem a respeito dele.
Siga seu caminho e não se deixe influenciar.
Principalmente,
nunca tome decisões precipitadas.
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